A transição do feudalismo para a expansão mercantil revolucionou as nações europeias, entrelaçadas numa concorrência comercial, voltando seus interesses para as colônias do Novo Mundo. As ações tomadas pelas nações que progressivamente tornar-se-iam potências buscando a hegemonia dos mares surtiram efeitos na economia das suas cidades. Em decorrência, o desenvolvimento marítimo foi o fator fundamental para a constituição das potências mundiais. Portanto, foi no decurso da Idade Moderna que presenciamos o estabelecimento das estruturas jurídicas e institucionais que estabeleceram as distinções e regulamentações dos exercícios dos corsários, piratas, bucaneiros e flibusteiros, tidos em teoria, como foras-da-lei não exclusivamente no nível externo, mas em suas próprias nações de origem, diminuindo suas diferenças e tecendo suas rotinas entre lícito e o ilícito.