Os contos desta coletânea retratam fragmentos do cotidiano, momentos em que a confiança e a fé no outro foram terrivelmente abaladas. Cada mentira é revelada à sua maneira: através de uma reflexão pessoal, algo que se ouve de alguém ou do acaso. A natureza humana sempre encontra uma forma de se expor. Os textos narram situações avassaladoras, que revelam o verdadeiro cheiro da vida: ocre, sem esgoto, cujo odor só melhora na primavera após as poças secarem. A descoberta da verdade é um processo duro, permeado por lágrimas e luz. O conhecimento diminui o mau cheiro, mas nunca a podridão.