“O moralista” contém uma tese implícita: o homem não é bom. Contradigo, portanto, a tese de Jean-Jacques Rousseau de que o homem é bom por natureza, é a sociedade que o corrompe. E digo mais e repito que o homem é só instinto, pura expressão do caos, que procura em primeira instância o seu próprio bem, porém não desconsidera o bem dos que lhe são mais próximos. Por se tratar de uma obra na forma de diário, pode ser que o leitor encontre alguma contradição, talvez pela variação da presença de espírito. Assim como também não consiga a priori discernir com exatidão a epígrafe em discussão. Digo, porém, para não desistir da leitura, pois somente no final, isolando as imagens marginais, poderá tirar uma conclusão, talvez até a mesma que a minha: somente os fortes sobrevivem ao massacre capitalista