"Não escrevo porque antes tenho que sentir esse gosto medonho de culpa."
"Tenho medo dos meus instintos."
"Não tenho a musa, tenho fome."
"Interditaram o direito à escrita."
"Talvez não escrever seja uma autodefesa."
"Meu silêncio não é voluntário."
"Para escrever preciso escutar o calar do coração."
"Porque queimo como carvão, mas palavra alguma é incêndio."
"Escrever é uma dívida."
"Escrever é fracassar."
"Lá dentro,
onde as ideias nascem,
eu sequei."
Não escrevo porque reúne poemas, listas, contos e fragmentos de autoras e autores que confessam ou inventam pretextos que os mantêm no limbo da página em branco, na tentativa de entender, como dizia Salvador Dalí, "a doce angústia criativa".