Reflita sobre os enigmas do quadline

O programador indie independente Ivan Kovalov coloca a sua paixão pela inovação no centro do seu trabalho. A sua abordagem revelou-se vantajosa uma vez que o quadline é o seu segundo jogo a vencer um Indie Games Festival no espaço de três anos. Falámos com Kovalov para compreender melhor o seu puzzle invulgar.

Ivan Kovalov: É um jogo de puzzle extremamente minimalista, elegante e abstrato que pode ser jogado em qualquer formato e orientação. Não existem tutoriais incómodos quando, ao jogar, aprende as regras e o funcionamento do jogo. Também é adequado para daltónicos e não contém palavras, números nem temporizadores. É apenas o jogador e os puzzles.

Sempre fui apaixonado pela inovação. Estou constantemente à procura de novas experiências de jogadores e, depois do meu último jogo, quis fazer experiências com o design de puzzles, curvas de dificuldade, e integração de jogadores a bordo. A ideia que originou o quadline só surgiu ao trabalhar noutro jogo a altas horas da noite. Quando tive essa ideia só queria ver se conseguia criar um protótipo.

Para mim, o desafio da programação consiste em criar segundo as regras rígidas que defino para mim mesmo. O foco num design simétrico, juntamente com a ausência de números e texto, dificultou certamente a programação, mas estas limitações fizeram do quadline aquilo que é hoje.

Sempre me interessei pela programação de jogos, mas foi só em 2016 que isso se tornou uma paixão. Participei numa conferência e fiquei tão fascinado e espantado com o que os programadores indie estavam a fazer que jurei voltar no ano seguinte com o meu próprio jogo.

Em seguida, desenvolvi o meu primeiro jogo completo, "G30: A Memory Maze", e ganhei uma dúzia de prémios indie diferentes. Era um pequeno sonho meu que se tinha tornado realidade e agora estou tão feliz por me poder chamar a mim próprio de programador de jogos indie e por fazer parte da comunidade.

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