Miguel González
Um filme impactante. Pode entender-se como uma história sobre a educação sentimental de um garoto de classe alta que vive a decadência moral e material da sua família, mas também como uma crítica afiada do capitalismo salvagem. Neste último sentido, tem uma cena bem representativa desta ideia: o pai do Jean (o garoto protagonista) diz numa vídeo entrevista de trabalho que lamenta no ter feito um negócio com “derivativos” quanto teve a oportunidade. O “derivativo” é um produto financeiro de alto risco, que se identifica com a especulação e o enriquecimento rápido, o oposto do investimento produtivo que traz riqueza tanto para o empresário quanto para a sociedade. Certamente, a ostentação e tudo o que decorre dela é o motor desta família. Além disso, o filme é entretido e ao mesmo tempo reflexivo. Não tem um estilo original, más é uma obra digna. Sobre os comentários que reclamam das cenas de sexo, são absurdos, ditas cenas são bem discretas; uma onda de puritanismo chegou no Brasil?
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Gabriel Macedo
O trailer engana: toda a trama não passa de mero pano de fundo para expressar uma opinião sócio-política como se fosse uma verdade absoluta e incontestável. Resultado: história pobre, inúmeros clichês socialistas e argumentação simplória e batida. Pelo trailer, tive a expectativa de que o enredo seria mais aprofundado e eventuais críticas sociais se dariam de modo inteligente ou, ao menos, com uma sutileza que não prejudicasse a história. Enfim, decepcionante!
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André Ricardo
Mais uma obra em que o autor quer conduzir você ao ponto de vista dele e da ideologia em que ele acredita. Isso empobrece qualquer obra de arte, pois para fazê-la se encaixar na ótica do diretor/autor, o mesmo faz uso de retórica barata, chavões e estereótipos. No caso, luta de classes e demonização da classe média. Típico de "intelectual" de esquerda, tentando pregar sua crença política.
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