Roberkley
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O autismo é classificado pelo Manual Diag - nóstico e Estatístico de Transtornos Mentais-DSMIV1 como um transtorno invasivo do desenvolvimento (TID), sendo que, para a Classificação dos transtornos mentais e de comportamento da CID-10 os indivíduos afetados pelo TID apresentam “anormalidades qualitativas nas interações sociais recíprocas e em padrões de comunicação e apresentam um repertório de interesses e atividades restritos, estereotipado e repetitivo”2 . Segundo Gadia et al.3 , a expressão autismo foi utilizada primeiramente por Bleuer, em 1911, “para designar a perda do contacto com a realidade, o que acarretava uma grande dificuldade ou impossibilidade de comunicação”. Em 1943, Kanner designou comportamentos associados ao de Bleuer como Distúrbio Autístico do Contato Afetivo e, Asperger, em 1944, usou a expressão Psicopatia Autística. Asperger conceituava o Autismo Infantil como a existência de uma distorção do modelo familiar interferindo no desenvolvimento psicoafetivo da criança em decorrência do “caráter altamente intelectual dos pais destas crianças”4 , embora o autor tenha também assinalado a existência de fatores biológicos. Marques & Dixe5 afirmam que a não compreensão do au - tismo, durante muito tempo, ocasionou “diagnósticos equivocados, intervenções duvidosas e pais frustrados”, ressaltando a dedicação dos pais na luta pela melhoria das opções educativas e desenvolvimento de intervenções adequadas às necessidades de seus filhos, estando estes pais em constante desafio e preocupações