No Embalo da Rede

Brasport · AI-narrated by Priscila (from Google)
Audiobook
3 hr 22 min
Unabridged
AI-narrated
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About this audiobook

Não sei dizer quando a vontade de escrever passou a ser quase uma necessidade.

 Volto no tempo e vejo-me bem pequena em MANAUS, cidade onde morei por alguns anos na infância. Lá, minha vida era olhar pro céu, seduzida pelo voo dos pássaros, especialmente o dos urubus, aves que exerciam um verdadeiro fascínio sobre mim.

Voar passou a ser a brincadeira predileta. Logo ganhei o apelido de menina passarinha. Vivia, isso sim, com o joelho todo escalavrado, parecendo mais a menina maluquinha do Ziraldo. Entrando na adolescência, decidi que seria aeromoça. A miopia arremessou-me pelos ares e o sonho adolescente de voar mais uma vez caiu por terra.

E lá estava a rede – sempre ela! – fiel companheira, a me fazer entender que eu poderia voar tão alto quanto qualquer pássaro, pois as asas que tanto desejava estavam dentro de mim. Que grande descoberta! E foi assim, NO EMBALO DA REDE, que comecei a construir escadas para o imaginário, para o devaneio, para a utopia, para o sonho, para o irreal. De repente uma vontade enorme de despejar para o papel todas aquelas ideias ainda meio confusas, atrapalhadas, porém cheias de ludicidade.

Aos poucos, os textos foram tomando forma e a primeira crônica surgiu. E mais uma, e outra, e mais outra, e outras tantas, e tantas mais, e mais, e mais, e mais... e, sem saber o que fazer com elas, ia guardando todas dentro de uma gaveta qualquer.

A vida é mesmo surpreendente. Aconteceu que há alguns anos tive a honra e a felicidade de ser convidada a participar do MUNDO BOTAFOGO, blogue do qual nada sabia. Sabia, apenas, que RUY MOURA era um homem culto, elegante e competente ao extremo.

Todas essas virtudes do editor deixavam-me nervosa. Eu queria muito que as crônicas saíssem da gaveta e que pudessem ser publicadas em um blogue de conceito elevado.

Precisava de uma boa história para agradar o poderoso chefão. Havia, obviamente, um teste para que o editor pudesse avaliar se meus escritos estavam dentro do padrão por ele exigido.

O dia D se aproximava e borboletas faziam cócegas na minha barriga. Até aquele momento só tinha mamãe como fã e grande incentivadora. Para ela não havia cronista melhor nesse mundo de meu Deus. Dito isso, tu podes imaginar o tamanho da minha ansiedade. E foi assim, com mãos frias e suadas, que recebi uma mensagem do RUY MOURA via e-mail, dizendo-me que SIM!!!!!, ele havia gostado da minha crônica e me convidava a participar do blogue MUNDO BOTAFOGO. Eu acabava de receber o passaporte para a entrada triunfal no seu glorioso reino ALVINEGRO. Dei pulos de alegria e depois balancei-me bem alto na rede, hábito que tenho quando não caibo em mim de contentamento.

E, assim, entrou pelo pé do pato, saiu pelo pé do pinto, e quem quiser poderá ler todas elas reunidas no livro “NO EMBALO DA REDE”. 

***

Quem aprecia uma boa leitura e é fã de imaginação, vai se deliciar com o livro “NO EMBALO DA REDE”. Para quem não sabe, a autora é minha avó. Uma pessoa engraçada que vê a vida como uma criança. Sempre sorridente, brincalhona e sensível, aliás atributos indispensáveis a uma boa escritora. Mas a autora Vovó Lúcia Senna Costa fez mais. Suas crônicas representam histórias reais, vividas e revividas por todos aqueles que a leem. Lúcia compartilha sua história de vida, com uma concha de simplicidade, boas porções de reflexões, uma pitada de mistério e muito, muito humor, o que torna este livro uma receita de sucesso. Se você nos acompanhou até aqui, procure uma rede, deite-se e desfrute das mais engraçadas situações, transcritas em forma de crônicas. Tenho certeza que você jamais se esquecerá.

 Raphael Coelho Leite – 13 anos

*** 

“Sim, Peter Pan e eu havíamos decidido que seríamos crianças por toda a vida. Viveríamos na TERRA DO NUNCA para sempre. A decisão era ousada e revolucionária. Estávamos decididos a lutar por ela. Crescer e viver com os pés presos ao chão era sofrimento demais para quem gostava de viver no mundo da lua, das nuvens, ou mesmo embalando-se alto, muito alto, nas redes armadas nos alpendres amazonenses”

Peter Pan e eu

 Lúcia, que bela crônica! E aqui vai um conselho de um homem que já passou dos 80: não deixa que o mar de responsabilidades inerentes ao mundo adulto afogue a criança feliz que um dia fomos e que, com toda certeza, ainda vive em nós. É essa criança que nos impulsiona com as suas deliciosas lufadas de ar fresco. Sou seu velho fã. Um abraço carinhoso, garotinha!!!

Célio Alvarenga

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