A criança insubmissa, versÃŖo da criança rebelde e opositiva, desponta neste trabalho como personagem que faz contraponto à s imposiçÃĩes performÃĄticas e à s exigÃĒncias de obediÃĒncia irrestrita na infÃĸncia. Analisamos as origens da insubmissÃŖo psÃquica, propondo a presença de uma potÃĒncia subversiva do gesto criativo como fundamento para a apropriaçÃŖo de si e para o desenvolvimento da potencialidade polÃtica das crianças. Considerando os paradoxos da infÃĸncia e discutindo o papel dos afetos para a constituiçÃŖo dessa potÃĒncia, percorremos as formas de resistÃĒncia encontradas pelas crianças em direçÃŖo à autonomia e à liberdade criativa, destacando a dimensÃŖo Êtico-polÃtica do psicanalista que valoriza o encontro, resiste aos projetos de homogeneizaçÃŖo e privilegia a dignidade humana.