Dr. Ransom é chamado ao paradisíaco planeta de Perelandra, ou Vênus, que revela ser um mundo belíssimo, como um Éden. Ele fica horrorizado, porém, ao descobrir que seu antigo inimigo, o doutor Weston, também chegou ali e, mais uma vez, representa um perigo para o planeta que os hospeda e para a vida de Ransom. Enquanto Weston, dominado por forças do mal, tenta prejudicar Perelandra, Ransom empenha-se numa luta desesperada para salvar a inocência do planeta. Perelandra é o segundo livro da Trilogia Cósmica de C. S. Lewis, escrita nos tensos momentos que antecederam a Segunda Guerra Mundial e que foram concomitantes a ela. É uma parábola de sua época que acabou por resistir ao tempo e que tem sido apreciada por sucessivas gerações não só pela importância de seu conteúdo moral como também em razão da maravilhosa narrativa. Para o papel principal da trilogia, C. S. Lewis criou aquele que talvez seja o personagem mais memorável de sua carreira - o brilhante filólogo Elwin Ransom, uma pessoa objetiva, veemente e corajosa - inspirado no amigo J. R. R. Tolkien; nada mais justo, pois, no que se refere à amplitude imaginativa e à integridade criativa não de um, mas de dois mundos imaginários, a Trilogia Cósmica só foi igualada, no século XX, à trilogia tolkieniana de O Senhor dos Anéis. Os leitores que na infância se apaixonam pela série fantástica das Crônicas de Nárnia invariavelmente apreciam a Trilogia Cósmica quando ficam mais velhos. Também ela apresenta mundos estranhos e mágicos onde se travam combates épicos entre as forças da luz e as das trevas e é uma das obras mais extraordinárias da literatura inglesa de todos os tempos.