No mais pessoal e delicado de seus livros, a filรณsofa Djamila Ribeiro revisita sua infรขncia e adolescรชncia para discutir temas como ancestralidade negra e os desafios de criar filhos numa sociedade racista. O relato se dรก na forma de cartas a sua saudosa avรณ Antรดnia โ carinhosa e amorosa, conhecedora de ervas curativas e benzedeira muito requisitada.
A cumplicidade que sempre houve entre avรณ e neta รฉ o que permite que a autora rememore episรณdios difรญceis, como a perda do pai e da mรฃe, as agressรตes que sofreu como mulher negra no Brasil e os desafios para integrar a vida acadรชmica. Djamila tambรฉm fala de relacionamentos amorosos e experiรชncias profissionais, das mรบsicas, das leituras e das amizades que a acompanharam em sua construรงรฃo pessoal โ e da percepรงรฃo paulatina de que a memรณria das lutas e das conquistas das pessoas negras que vieram antes de nรณs รฉ a forรงa que nos permite seguir adiante.
DJAMILA RIBEIRO nasceu em Santos, em 1980. ร professora da PUC-SP, colunista do jornal Folha de S.Paulo e coordena a coleรงรฃo Feminismos Plurais, da editora Pรณlen. ร autora de O que รฉ lugar de fala (2017), Quem tem medo do feminismo negro? (2018) e Pequeno manual antirracista (2019), que jรก venderam mais de 500 mil exemplares.