Antes de mais nada, ela explica que sempre foi alguém que gosta de animais, de crianças e também de gente grande. Todos os bichos que aparecem em seus livros fizeram, em algum momento, parte de sua vida. Nada mais natural, então, do que contar simplesmente o que aconteceu com cada um deles. Por isto mesmo, estas histórias são narradas de modo coloquial e muito próximo do cotidiano infantil. Mesmo quando ela fala sobre dor e perda, quando explica que, às vezes, as coisas acontecem diferente da maneira que queremos.
Clarice mostra, em A mulher que matou os peixes, que além de conhecer muito de perto o universo infantil, é alguém que sabe conversar com crianças com extrema sensibilidade. Ela trata os sentimentos com toda a delicadeza e fala direto ao coração.