Um marco da filosofia ocidental em nova tradução do latim de Lorenzo Mammì.
Redigido no século IV, entre Antiguidade e Idade Média, as Confissões de Agostinho de Hipona são ainda hoje um livro surpreendente. Por um lado, pela densidade poética e pela originalidade da escrita, e por inaugurar o gênero da autobiografia como história da formação de uma personalidade, elas representam um marco único na história da literatura ocidental. Por outro, Agostinho elabora nelas uma nova maneira de fazer filosofia, estranha à tradição antiga, por ser baseada não apenas em conceitos abstratos e deduções, mas sobretudo na observação fina dos movimentos psicológicos, das motivações interiores e do significado de pequenos fatos e gestos cotidianos.
O resultado é uma leitura incontornável para todos os que se interessam por filosofia, história ou religião.