Em seu segundo livro de crônicas, Crônicas da minha (c)idade, José Aldemir de Oliveira busca nas cidades e nas suas idades nos sensibilizar com temas sutis e contundentes do nosso cotidiano. Manaus, personagem principal, para o autor “comporta o que fomos antes e aponta o que seremos depois a partir do presente pleno do agora que contém o melhor e o pior do que nós somos.” É do pior e do melhor que se trata a reflexão do “velho caminhante da cidade que tem olhos de janela, sempre atentos à paisagem urbana”. É da paisagem urbana e de seus diversos personagens e memórias que tratam as crônicas. Dos loucos de rua que tinham nome, do rio, dos cheiros e das gentes nas ruas. É um conjunto atento às “transformações e permanências” do lugar e seus múltiplos elos com o mundo. E do lugar e do mundo, uma reflexão de nós mesmos.