Dias de medo e de morte: A gripe espanhola em São Paulo

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No nono capítulo de A capital da vertigem, o jornalista Roberto Pompeu de Toledo reconstitui a cidade de São Paulo durante o surto de Gripe Espanhola de 1918. Em detalhes, mostra o baque nas estruturas políticas, sociais, culturais e econômicas, em uma descrição assustadoramente atual.

No início de novembro de 1918, a média dos casos novos de gripe espanhola em São Paulo já se situava nos 7 mil diários. A essa altura, a cidade já mudara de cara. Boa parte do comércio fechara as portas, seja por falta de fregueses, seja por medo deles, seja por doença dos funcionários. Foram fechados também os parques, teatros e outros locais de lazer. As escolas paralisaram as aulas. O futebol foi suspenso. Hospitais improvisados foram montados, mas faltavam médicos, entre outras razões, porque eles também adoeciam; então o Serviço Sanitário apelava repetidamente para que outros se apresentassem. Corria o boato de que cachaça prevenia a doença e que o vírus não alcançaria lugares de alta altitude, como Poços de Caldas.
No início, pedia-se calma à população: a letalidade do vírus seria baixa. O primeiro óbito foi registrado oficialmente no dia 21 de outubro. Uma semana depois, estava na casa dos dois dígitos, no dia 2 de novembro já eram 141 mortos e nos dias seguintes chegavam perto de duzentos. O argumento da baixa letalidade caía por terra, e a cidade agora convivia com a cena de cadáveres sendo transportados pelas ruas.
No final de novembro o número de casos declinou. A vida começou a voltar ao normal, e nos primeiros dias de dezembro o comércio reabriu as portas, como também as casas de espetáculo. Os torneios esportivos foram retomados. No dia 19 foi declarado encerrado o estado epidêmico na cidade, depois de 66 dias. Na conta oficial, 116 777 pessoas foram infectadas na cidade de São Paulo e 5331 morreram. Cálculos extraoficiais fazem o número de infectados avançar para até 350 mil. No mundo, as estimativas vão de 20 milhões a 40 milhões de mortos — a mais devastadora epidemia registrada na história.
Neste capítulo dedicado à gripe espanhola, o leitor tem uma amostra de A capital da vertigem , que narra a história da maior metrópole do país entre 1900 e 1954.

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Apie autorių

Roberto Pompeu de Toledo nasceu em 1944 e é jornalista. Trabalhou no Jornal da Tarde, no Jornal da República, na IstoÉ, e no Jornal do Brasil. Foi editor-executivo e correspondente em Paris da Veja, onde atualmente é colunista. Publicou, entre outros, A Capital da Solidão e a Capital da Vertigem, ambos pela Objetiva.

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