Laureada com o Nobel de literatura em 2020 "por sua voz poética inconfundível que, com austera beleza, transforma a existência individual em universal", Louise Glück é capaz de refletir sobre questões muito profundas com estilo acessível e direto. Em seu discurso ao receber o prêmio, ela lembra que começou a gostar de poesia quando tinha seis ou sete anos, numa época em que, sozinha, brincava de promover competições para eleger "o melhor poema do mundo".
Ainda na infância, Glück notou que um poema confirma sua força quando o leitor tem a sensação de que a sua participação é crucial para que os versos se realizem. É como se a voz íntima do poeta enfim alcançasse seu destinatário: "Os poemas que mais ardentemente me atraíram ao longo de toda a minha vida são os [...] de escolha íntima ou de convergência, poemas para os quais o ouvinte ou leitor faz uma contribuição essencial, como receptor de uma confidência ou de um protesto, às vezes como cúmplice em uma conspiração."
LOUISE GLÜCK nasceu em 1943, em Nova York. Publicou doze livros de poemas e duas coletâneas de ensaios. Sua obra foi contemplada com diversos prêmios, como National Humanities Medal; Pulitzer; National Book Award e Gold Medal for Poetry. Em 2020, recebeu o Nobel de literatura "por sua voz poética inconfundível que, com austera beleza, transforma a existência individual em universal". Morreu em outubro de 2023, aos 80 anos.