Ditadura e homossexualidades: repressão, resistência e a busca da verdade

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E-book
330
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Sobre este e-book

O objetivo central do livro é contribuir para uma análise interdisciplinar das relações entre a ditadura brasileira (1964-1985) e as várias formas de homossexualidades, hoje mais apuradas na sigla LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros). Em especial, pretende-se discutir de que maneiras a ditadura dificultou tanto os modos de vida de gays, lésbicas e pessoas trans quanto a afirmação do movimento LGBT no Brasil durante os anos 1960, 70 e 80. Contudo, sem perder de vista essa perspectiva que destaca as violências dirigidas contra esses grupos específicos, outro foco importante da obra recai sobre as ações de resistência empreendidas por esses segmentos sociais que, ao mesmo tempo em que foram alvo privilegiado das políticas de repressão e de controle, acabaram se constituindo como atores fundamentais da redemocratização brasileira. Essa análise dos cruzamentos entre a ditadura e as temáticas ligadas ao universo das homossexualidades torna-se ainda mais importante considerando o momento atualmente vivido em nosso país, no qual diversas Comissões da Verdade estão investigando as graves violações aos direitos humanos praticadas durante o governo autoritário. Dessa forma, a obra se inscreve nesse contexto mais amplo da luta por verdade, justiça e reparação em relação aos crimes praticados durante a ditadura no Brasil, conferindo visibilidade e o devido reconhecimento para as experiências de vida dos homossexuais e para a atuação do movimento LGBT durante essa época histórica.

Sobre o autor

James N. Green é professor de História do Brasil na Brown University e autor de Além do carnaval: a homossexualidade masculina no Brasil do século XX (University of Chicago Press, 1999; Editora da Unesp, 2000), que recebeu o Prêmio 2001 de Literatura, "Cidadania em Respeito à Diversidade" da Parada GLBT de São Paulo, e Apesar de vocês: a oposição à ditadura militar nos Estados Unidos, 1964-85 (Companhia das Letras, 2009; Duke University Press, 2010), que recebeu o prêmio de melhor livro do Secção Brasil da Latin American Studies Association. Também coeditou Frescos trópicos: fontes sobre a história de homossexualidade no Brasil (José Olympio, 2006), O homossexualismo em São Paulo e outros escritos, que ganhou o Prêmio "Cidadania em Respeito à Diversidade" para Literatura da Parada GLBT de São Paulo em 2006 e Homossexualidade: movimento, sociedade e lutas dos Cadernos Edgard Leuenroth da Unicamp (2003). Renan Quinalha tem formação em Direito e Ciências Sociais na USP, onde também defendeu o Mestrado em Sociologia do Direito e, atualmente, cursa o Doutorado em Relações Internacionais. É membro da diretoria do Grupo de Estudos sobre Internacionalização do Direito e Justiça de Transição (Idejust) e assessor da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo "Rubens Paiva". Autor do livro Justiça de transição: contornos do conceito (Expressão Popular, 2013).

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