O que é ser uma escritora negra hoje, de acordo comigo

· Sold by COMPANHIA DAS LETRAS
Ebook
104
Pages
Eligible

About this ebook

Da autoria de uma das maiores vozes literárias de hoje, eis um ensaio pessoal

que problematiza o lugar da mulher negra escritora no mundo presente.

«Fosse eu minha trisavó, preta de carapinha dura, e o meu destino seria o chicote. Ser uma escritora negra hoje, de acordo comigo, uma mulher deste tempo, é escrever contra esse facto, carregando-o às costas, sem deixar que ele me tolha.»

Escrever é-lhe essencial, é na escrita que se encontra, se define, se questiona, se apazigua, foi na página que descobriu poder ser o que antes lhe havia sido impossível ser plenamente. E, no entanto, a escrita, e ainda mais viver da escrita, ter-lhe-ia sido vedado, tivesse a escritora nascido décadas antes.

Numa reflexão pessoalíssima sobre o que é ser mulher, escritora e negra hoje, Djaimilia Pereira de Almeida, uma das mais destacadas vozes da literatura em língua portuguesa, encara a contradição que é, para uma escritora negra, viver no melhor dos tempos sem se deixar apanhar pela armadilha que esse privilégio pode encerrar.

É com liberdade que Djaimilia vai exercendo o chamamento que esteve vedado às mulheres da sua vida, como a incontáveis outras mulheres negras antes de si. É com consciência do passado e do presente que vai tacteando o espaço que existe no mundo de hoje para uma mulher negra que escreve.

Sobre O que é ser uma escritora negra hoje, de acordo comigo:

«O que mais me toca nesses ensaios é ver que Djaimilia vai se fazendo, vai se construindo na literatura. (...) Não há uma mulher que pensa e outra que escreve. É uma só. Djaimilia - que afirma, sem leviandade, que se não pudesse escrever "sucumbiria à tristeza e é muito provável que enlouquecesse" - é literatura. (...) Djaimilia afirma algumas vezes ser uma escritora que não está interessada em ensina nada a ninguém. Mas talvez seja justamente pelo fato de seus textos estarem à margem dessa vontade que nós, leitores, aprendemos muito com eles. Aprendemos coisas que só a literatura ensina.»
Tatiana Salem Levy, Valor Econômico

«Um poderoso manifesto sobre a construção da identidade. (...) Encontra a sua verdadeira grandeza, de um modo um tanto paradoxal, num elemento que muitos consideram ser acessório, mas sem o qual todo o discurso perderia o sentido: a paixão firme de um ser humano - no caso, negra e mulher - pelo ato de contar histórias através da escrita.»
Sérgio Almeida, Jornal de Notícias


About the author

Djaimilia Pereira de Almeida escreveu, entre outros, Luanda, Lisboa, Paraíso e Três Histórias de Esquecimento. A sua obra encontra-se traduzida em dez línguas e recebeu inúmeros prémios, em Portugal e no Brasil, incluindo o Prémio Oceanos. Escreveu no New York Times, Granta, Words Without Borders, La Repubblica, Folha de S. Paulo, Neue Zürcher Zeitung, Serrote e ZUM, entre muitas outras publicações. Na Primavera de 2022, foi a escritora residente da Literaturhaus Zürich. Em 2023, foi distinguida com o Prémio FLUL Alumni, atribuído pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde se doutorou. Djaimilia vem colaborando com artistas visuais, compositores, actores e encenadores. Escreve na revista Quatro Cinco Um. É professora da New York University.

Rate this ebook

Tell us what you think.

Reading information

Smartphones and tablets
Install the Google Play Books app for Android and iPad/iPhone. It syncs automatically with your account and allows you to read online or offline wherever you are.
Laptops and computers
You can listen to audiobooks purchased on Google Play using your computer's web browser.
eReaders and other devices
To read on e-ink devices like Kobo eReaders, you'll need to download a file and transfer it to your device. Follow the detailed Help Center instructions to transfer the files to supported eReaders.