Quando Amory Clay nasceu, na decada que antecedeu a Primeira Guerra Mundial, o seu pai, desapontado, deu-lhe um nome androgino e anunciou o nascimento de um filho. Mas esta filha que nasceu n?o se deixa definir pelos outros; Amory tornou-se uma mulher que n?o aceita que lhe imponham limites para o que isso pode significar e, mal se viu com a sua primeira maquina fotografica nas m?os, passou a ser tambem alguem que regista sempre a sua propria vers?o dos acontecimentos. Circulando livremente entre Londres e Nova Iorque, entre o fotojornalismo e a fotografia de moda e, tambem, entre os homens que a amam sempre de um modo complexo, Amory imp?e-se como alguem capaz de arriscar tudo, como uma apaixonada passageira da vida. A sua fome de experiencias leva-a a conhecer a decadencia da Berlim da Republica de Weimar e a violencia dos motins dos camisas negras de Londres; fa-la viajar ate a Renania com as tropas aliadas; e, mais tarde, ate ao epicentro do turbilh?o politico de um Vietname dividido pela guerra. No curso da sua ambiciosa carreira, os momentos fundamentais do seculo xx tornar-se-?o igualmente os momentos inesqueciveis da sua propria biografia.