O fim do mundo seria anunciado na última terça-feira de novembro às quatorze horas. Ao contrário do que se imaginava, não houve tumulto nas ruas, ninguém parou em frente às vitrines, quando os televisores estavam ligados. Não se escutou buzinas, gritos ou choro de crianças apavoradas que agarravam fortemente às mãos de suas mães. Seria um dia como qualquer outro. Como esse aqui ou aí. Carros acelerariam e parariam no movimento cotidiano da ida ao trabalho ou da universidade. Augusto e Francisco, quiçá, tivessem sentido que esse fim estava próximo.