O presente trabalho tem o objectivo de uma revisão do conceito da compreensão na Sociologia de Max Weber, no âmbito de um projecto de investigação sobre o problema da compreensão intersubjectiva na perspectiva de Alfred Schütz e George Herbert Mead. A partir de uma análise das raízes da metodologia de Max Weber no Vitalismo Alemão e na Escola Neo-Kantiana, procura definir-se a compreensão como um método sociológico adequado ao estudo dos fenómenos sociais na sua individualidade que proporciona uma identificação do contexto significativo de uma acção através da confrontação com um tipo ideal. A explicação sociológica, segundo Max Weber, não segue o modelo de uma ciência nomotética nem se confunde com uma capacidade de empatia com os fenómenos observados. Assinala-se uma substancial diferença na concepção e utilização do tipo ideal, que na Sociologia de Max Weber acentua e aproveita a diferença entre sentido subjectivo e sentido objectivo para revelar o contexto significativo da acção na sua individualidade, enquanto Alfred Schütz dissolve esta diferença na tentativa de compreender uma acção concreta como exemplo do comportamento de um modelo de agente.