Luiz Amargo é um homem comum, um ser sem propósitos maiores, exceto viver. Um homem sem aspirações grandiosas, como conhecer o exterior e outras culturas. Apesar de que diga o oposto. É que esse safardana, é hipócrita e também malandro. E é até possível dizer que seja um medíocre, mais um. Mas para contrariar nossos pensamentos, ele mostra sua obsessão, ou como prefere chamar: amor, por Catarina, uma mulher que não o ama e que se deleita na esbórnia. Uma amante, e amante também das artes. Que esconde muitos mistérios, porém que abunda em sedução. Luiz Amargo a ama, e é conduzido pelas suas emoções ao escrever estas lazarentas memórias. Pede desculpas por primeiro apresentar a volúpia em lugar do romantismo – o que alega ser um mal já da modernidade; já que as pessoas só se lembram de como se conheceram, após memorarem a primeira noite de sexo. Amargo é bem amargo, rígido, irônico, cínico e mordaz ao descrever a saga de sensações que sente, após frisar o momento da traição que sofrera. E numa noite, conta-nos, que, vendo o rotineiro costume dum amante de Catarina, apanhou uma arma e decidiu se vingar. 22 páginas, Literatura Brasileira.