O sucesso das empresas até bem pouco tempo atrás começava graças a um “líder natural”, capaz de empreender o negócio certo, na hora certa com uma metodologia gerencial – dele mesmo – que também dava certo. O que ele fazia? Parodiando Glauber Rocha “uma idéia na cabeça e uma obstinação na mão” convencia a tudo e a todos do poder de seu negócio e os ventos sopravam a seu favor. Amigos e parentes emprestavam o dinheiro que faltava, alguns deles eram convidados a ajudar pessoalmente, principalmente no início, e eram escolhidos mais pela “fidelidade e confiança” que demonstravam do que pela competência profissional. Os planos, todos de curtíssimo prazo, flexíveis e rapidamente mutáveis, eram mantidos na cabeça do tal líder, que decidia tudo sozinho; dava instruções detalhadas sobre tudo a todos, pois nas reuniões só ele falava, ia pessoalmente a tudo que é evento ligado à empresa. Era o primeiro a chegar e o último a sair. De tudo que ele delegava, ia atrás para ver como estava sendo feito e cobrava várias vezes até sair. E, nas atividades de controle, então, era como São Tomé, só acreditava no que via com os próprios olhos. O negócio ia de vento em popa... E muitas das atuais grandes e médias empresas brasileiras atuais, se criaram nesse cenário. E muitos pequenos e médios empresários ainda se valem deste modelo de negócio como alavanca para o sucesso. Acontece que, na atualidade, num determinado ponto, tudo aquilo que descrito acima dava absolutamente certo passa a dar errado na maioria das pequenas e médias empresas, que invariavelmente acabam por fechar as portas. Convencido de que precisa de ajuda, contrata especialistas sem critério para ajudá-lo nas diversas tarefas e isso acarreta pôr em prática planos excessivamente complexos e irreais. O objetivo desta obra é demonstrar a importância de uma gestão profissional no contexto de pequenas e médias empresas e sua eficiente gestão do capital de giro.