Por 1895, não sei bem como, achei-me estudando Direito na Faculdade de
Paris, ou melhor, não estudando. Vagabundo da minha mocidade, após ter
tentado vários fins para a minha vida e de todos igualmente desistido –
sedento de Europa, resolvera transportar-me à grande capital. Logo me
embrenhei por meios mais ou menos artísticos, e Gervásio Vila-Nova, que
eu mal conhecia de Lisboa, volveu-se-me o companheiro de todas as horas.
Curiosa personalidade essa de grande artista falido, ou antes,
predestinado para a falência.