Affonso Romano de Sant'Anna é um artista e intelectual diversificado e consistente que pensa o Brasil e a cultura do seu tempo, que se destaca como teórico, poeta, cronista, professor, administrador cultural e jornalista. Com mais de cinquenta livros publicados, foi considerado pela revista Imprensa (nos anos 1990) como um dos 10 jornalistas que formam a opinião pública do país. Tendo se destacado nos movimentos de vanguarda que marcaram a literatura brasileira nos anos 1960, notabilizou-se, resistindo durante a ditadura, por obras como Que país é este e Política e paixão. Professor em diversas universidades brasileiras (UFMG, PUC-RJ, URFJ, UFF), foi também docente nas universidades da Califórnia (UCLA), Koln (Alemanha) e Aix-en-Provence (França). Como ensaísta, sua obra sempre se pautou pela inovação. Autor do primeiro livro que traz para dentro da universidade a problemática da música popular é também responsável por inserir (nos anos 70) pela primeira vez na universidade cursos sobre literatura infanto-juvenil. São obras bastante inovadoras como Barroco do quadrado à elipse, O canibalismo amoroso e Desconstruir Duchamp. Na área da crônica, substituindo Drummond no Jornal do Brasil, retrata o Brasil que não é apenas lírico, mas dramático.