"Quincas Borba" é um romance escrito pelo genial Machado de Assis, publicado originalmente em 1892. Este livro é considerado pela crítica moderna a segunda obra da trilogia realista de Machado de Assis, em que o autor se utiliza do texto para criticar os costumes e a filosofia de seu tempo, embora não subtraia resíduos românticos da trama. Ao contrário do romance anterior, no entanto, Quincas Borba foi escrito em terceira pessoa, a fim de contar a história de Rubião, ingênuo rapaz que se torna discípulo e herdeiro do filósofo Quincas Borba, personagem do romance anterior, e que, sendo enganado por seu amigo capitalista Cristiano e sua esposa Sofia, paixão de Rubião, vive na pele todo o fundamento teórico do Humanitismo, filosofia fictícia daquele filósofo. "Quincas Borba" inclui uma paródia ao cientificismo e ao "evolucionismo" da época, bem como ao "positivismo de Comte" e à "lei do mais forte", uma adaptação da seleção natural de Charles Darwin a nível social. O livro tem recebido vários estudos e interpretações ao longo do tempo, sobretudo sociológicos, que o consideram um romance que trata principalmente da "transformação do homem em objeto do homem" e a sua "coisificação". Quincas Borba é uma das obras que mais interesse têm despertado em novas edições e traduções para outras línguas e está entre os principais livros do acervo machadiano. Obra ímpar! Leitura indispensável!