Marilyn Strathern (nascida Ann Marilyn Evans) nasceu em North Wales, no Reino Unido, em 6 de março de 1941. Estudou arqueologia e antropologia no Girton College, da Universidade de Cambridge, concluindo o bacharelado (B. A.) em 1963. Entre 1964 e 1965 realizou dezesseis meses de pesquisa de campo no monte Hagen, na Papua-Nova Guiné, focada nas relações entre homens e mulheres. Casou-se em 1963 com o também antropólogo melanesista Andrew Strathern, com quem teve três filhos; divorciou-se em 1986. Em 1968 recebeu o título de PhD em antropologia social, publicando a monografia Women in between em 1972. Entre 1967 e 1972, somou dezesseis meses de estada nesse campo fixando residência em Port Moresby, png, de 1972 a 1976. Realizou sucessivas viagens ao longo de sua vida até 2006. A partir da etnografia no monte Hagen e de sua experiência como antropóloga feminista, Marilyn desenvolveu reflexões originais sobre as relações de gênero, resultando na publicação de O gênero da dádiva, em 1988, sua obra fundamental, que influenciou e transformou a disciplina antropológica. Além de escrever artigos, livros e coletâneas sobre os mais variados e relevantes assuntos, em diálogo com outros campos do conhecimento como psicologia, biologia e direito, Strathern envolveu-se em projetos legislativos, sendo, por exemplo, consultora do Departamento de Direito da Papua- Nova Guiné para a reforma do Código Penal entre 1973 e 1974. Strathern foi Oficial Fellow do Girton College, onde ministrou cursos de 1976 a 1983 e, um ano depois, Fellow e Lecturer no Trinity College, ambos na Universidade de Cambridge. Em 1985 tornou-se Professor na Universidade de Manchester, onde atuou até 1993, quando assumiu a cátedra William Wyse Professor of Social Anthropology na Universidade de Cambridge, permanecendo nela até sua aposentadoria em 2008. Foi ainda Mistress (cargo de direção) do Girton College de 1998 a 2009. Em 2001, recebeu o título de Dame, da Coroa britânica, pelos serviços prestados à antropologia social.