Memórias de vida: Ensaio de uma escritora de quarentena

Denise Bullara

juuni 2021 · Haikai Editora

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Memórias de Vida: ensaio de uma escritora de quarentena é um encontro de narrativas. Narrativas que, no desejo de não deixar sonhos esmorecerem, entrelaçam a passagem pelo difícil ano de 2020 e as aprendizagens de um passado, ora longínquo, ora recente. "Quando se realiza o viver, pergunta-se: mas era só isto? E a resposta é: não é só isto, é exatamente isto" (A Paixão Segundo GH, Clarice Lispector). Este livro não é uma obra acadêmica, um manual de boas práticas ou uma lição a ser seguida: é sim um viver que aflorou em um contexto social que exigiu esforço para nos mantermos equilibrados e saudáveis, física e mentalmente. Memórias de Vida narra uma trilha muito pessoal, mas agregando um coletivo que tornou uma vida um misto de vozes, ideias e experiências das mais diversas. É um passeio por uma vida alheia que, como diz Cleide do Amaral Terzi no Prefácio deste livro, convida os leitores a participarem de sua autoria e a escreverem sua própria história.

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Denise Bullara é uma educadora. Fruto do antigo curso do Magistério, com experiência em escolas privadas e públicas, teve a maior parte de sua trajetória profissional constituída na rede pública do Município de São Paulo. Formada em Comunicação Social, levou para a carreira do Magistério as inquietações das discussões sobre cultura, sociedade e os meios de comunicação. Sempre preocupada com seu aprimoramento profissional, encontrou na Pedagogia e na Psicopedagogia caminhos para uma melhor compreensão das práticas educacionais e da importância da reflexividade no dia a dia do trabalho com crianças, jovens e adultos. Fez Mestrado em Educação, pelo qual investigou alternativas para a construção de uma gestão mais qualificada dos processos que envolvem o ensino. Todo esse percurso intelectual se fez acompanhado de um constante transbordamento dessas questões para sua vida pessoal, na mesma medida em que cada experiência de sua vivência familiar, de sonhos a afetos, deixou valiosas marcas em sua atuação profissional. Se "o professor é a pessoa e a pessoa é o professor" (Nóvoa), a escrita de Denise é assim impulsionada pelas reflexões que a constituíram como pessoa e como professora, e pelo desejo de concretizar uma parte da história oral da pessoa da professora.