Morte na floresta

· Todavia
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Acerca deste livro eletrónico

Em maio de 2020, a Covid-19 já havia chegado às aldeias de mais de setenta povos indígenas de diferentes partes do Brasil. No Alto Rio Negro, na cidade de São Gabriel da Cachoeira, os indígenas morrem em suas casas ou em filas de espera. Manaus, a capital brasileira com maior população indígena, é uma das mais afetadas pela pandemia. Pela primeira vez em cinco séculos, nós, os invasores de seus territórios, experimentamos os mesmos sintomas, o desespero e a fragilidade diante de uma doença desconhecida, para a qual não temos anticorpos. O projeto de extermínio das culturas indígenas, executado pela equipe que rege o Brasil desde janeiro de 2019, volta-se agora contra nós, que vemos nossas vidas em risco, nas mãos de governantes incompetentes. Invadidos e desprotegidos, os indígenas sofrem as consequências do desmonte do sistema de saúde público. A extrema desigualdade brasileira os coloca ao lado dos pobres, fazendo-lhes companhia na parte de trás das mais diversas filas. As vítimas preferenciais, os mais velhos, são os guardiães da memória ancestral. Essas mortes equivalem a incêndios em nossas bibliotecas, com a diferença de que os livros não poderão ser repostos. Como lembra a autora neste ensaio seminal: "A nossa civilização viral continua a sua marcha, em busca de outros corpos a explorar".

Classificações e críticas

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Acerca do autor

Aparecida Vilaça é antropóloga e professora no Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro. É autora, entre outros, de Paletó e eu (Todavia, 2018).

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