A narrativa em prosa O inspetor geral, adaptada da comédia teatral de Gógol, retrata em tom de aguda sátira a corrupção que imperava nas províncias controladas pelo Estado czarista em 1836. Numa aldeia do interior da Rússia, administrada por funcionários e políticos incompetentes e corruptos, espalha-se a notícia de que está prestes a chegar de São Petersburgo um inspetor para instaurar uma sindicância. Surge um forasteiro, que logo é confundido com o inspetor, sendo cumulado de atenções pelas autoridades locais. Inescrupuloso e desonesto, o estranho se aproveita da situação até que seu criado o aconselha a partir. Depois de sua partida, o equívoco é desfeito e o verdadeiro inspetor chega à aldeia, para consternação de todos.A habilidade de Roberto Prado enriquece com detalhes de contemporaneidade a narrativa, que pode muito bem ser transposta para um sem-número de cidades de vários países do mundo em pleno século XXI. (FTD Educação)