Laico é estudante do curso de Letras, às vésperas do centenário da Semana de Arte Moderna de 1922 ele foi desafiado, pela professora de literatura, a criar uma obra tão revolucionária quanto foram as do Movimento Modernista no Brasil. No processo de criação de tal obra se encontrará com a Deusa Criadora do Universo, que o presenteará com poderes para capturar a essência das pessoas e materializá-las em sua criação: O Cubo, uma obra viva. O resultado é que ao tirar a essência de alguém, essa pessoa perde a vontade de viver. Por que a deusa sacrificaria alguns de seus filhos, para que uma obra de arte fosse construída? O que essa obra representa na reforma desse nosso universo? Qual o real propósito de Laico no plano da Deusa?
“Corri para o Cubo e depositei meu sacrifício, acreditando que me sentiria aliviado. Assim que o software processou as informações dos elementos coletados, a obra ficou pronta. O programa leu minha alma para apresentar-se arte a mim. Não havia nada nela. Eu me transformei num buraco negro me sugando para dentro de mim em um loop em demasia doloroso. Já chorei tanto que nem lágrimas tenho mais” Laico, o narrador.
Sem meias verdades, Édier William constrói suas narrativas doando às minorias, por meio da palavra, o protagonismo e o empoderamento. Amante da fantasia, se vale de distopias para propor alternativas às sandices que nos rodeiam.
Romancista, contista, poeta, preto, roteirista, ator, gay, cineasta, amante.