Novelas trágicas

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Em busca de reconhecimento literário e para escapar das acusações de libertinagem e depravação, Marquês de Sade produziu diversas novelas que dialogam com as regras de pudor e decência do século XVIII

A primeira singularidade das Novelas trágicas reunidas aqui é que se tratam de textos do Marquês de Sade (1740-1814) destituídos de descrições de atos sexuais e torturas. Todas elas foram escritas entre 1787 e 1788, enquanto seu polêmico autor estava preso na Bastilha — onde passou, aliás, boa parte de sua vida. Ao que tudo indica, Sade redigiu essas novelas em busca de reconhecimento literário e para convencer a opinião pública de que não era o autor de livros obscenos que circulavam anonimamente.

O projeto de narrar histórias "contidas nas regras do pudor e da decência" rendeu dezenas de novelas e contos, deixados em cadernos manuscritos. A leitura dos textos reunidos aqui deixa claro que Sade cumpriu com dedicação os requisitos que elegeu como obrigações dramáticas do romance, sobretudo compor "personagens vigorosos que, joguetes e vítimas daquela efervescência do coração conhecida com o nome de amor, nos mostram dele, de uma só vez, os perigos e os infortúnios". Na alma e na ação dos personagens, contudo, esconde-se o mesmo escritor subversivo e cruel das páginas libertinas.

Par autoru

Donatien Alphonse François de Sade passou quase metade de seus 74 anos de vida encarcerado sob acusação de promover orgias, praticar abusos sexuais e provocar danos físicos. Só assinou duas obras durante a vida – além de Crimes do amor, o romance epistolar Aline e Valcour (1795). O período de cinco anos que passou na Bastilha terminou em 1789, poucos dias antes de o presídio ser invadido pelos revolucionários. Sade, que via na queda da monarquia a possibilidade de surgimento de uma época de liberdade irrestrita, se engajou na nova ordem, mas seria preso de novo durante o período do Terror. Mais tarde, também o regime de Napoleão o jogaria na cadeia. Durante o século XIX, a obra e a pessoa de Sade foram submetidas ao esquecimento forçado, embora manuscritos clandestinos circulassem por mãos célebres como as de Stendhal e Flaubert. Somente no século XX a literatura de Sade voltou à luz, atraindo o interesse de pensadores como Georges Bataille, Theodor Adorno e Simone de Beauvoir.

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