Hugo nunca foi um herói. Muito pelo contrário. Desde o primeiro dia em que se descobriu bruxo, em uma favela do Rio de Janeiro, dois anos antes, tudo que fizera havia sido tentar sobreviver da melhor forma possível, ajudando a si próprio mais do que aos outros, em sua saga torta para se tornar uma pessoa melhor. Agora, arrependido dos atos egoístas que cometera em seu primeiro ano de estudos e dos extremos de vaidade que demonstrara no segundo, pela primeira vez Hugo terá de fazer algo maior do que si mesmo por outra pessoa, arriscando sua saúde, suas forças e sua sanidade em busca de uma cura quase impossível de encontrar, numa parte do Brasil que, para bruxos, é mágica até a alma. O Tempo, no entanto, é impiedoso e está passando, e para sobreviver à vastidão profunda da selva amazônica, onde todos os gritos são abafados, não bastará que ele seja o Hugo de sempre. Ele terá de ser mais. Muito mais. Nesta eletrizante segunda parte de "O Dono do Tempo", sequência dos premiados "A Arma Escarlate" e "A Comissão Chapeleira", Hugo precisará de agilidade, astúcia e um coração de ferro se quiser aguentar o tranco até o final. Porque a floresta tem mais olhos do que folhas, e alguns desses olhos são cruéis e podem matar.
Szórakoztató és szépirodalom