Em “O Zé do Brasil”, composto de duas peças teatrais, “O Zé do Brasil” e “Os milagreiros”, Eduardo Borsato exercita ao ápice sua veia satírica e politicamente incorreta, manipulando seus elementos favoritos — traição, religião, história do Brasil, política, sexo — com a maestria de um malabarista. Recado ao leitor: não se deixe intimidar pela forma de drama teatral, pois a leitura é tão hilariante e prazerosa que quaisquer inibições provocadas por falta de hábito ou falsas expectativas serão facilmente dissolvidas.