O cearense mora ao lado

¡ Quatorze VinteUm
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Nesta coletÃĸnea de histÃŗrias, Walldecy apresenta retratos da vida no interior e dilemas do convívio urbano, em um percurso que reflete aspectos da sua prÃŗpria jornada desde o sertÃŖo do CearÃĄ atÊ a vida estabelecida em SÃŖo Paulo. SÃŖo recortes da realidade que provocam reflexÃĩes sobre a complexidade das emoçÃĩes e das relaçÃĩes humanas. Egoísmo, crueldade e desesperança apresentam-se com mÃēltiplas faces em diversas histÃŗrias. Revelam-se tanto em atitudes cotidianas quanto em acontecimentos que beiram o absurdo. Por outro lado, o autor nÃŖo se deixa abandonar em meio ao caos e tambÊm proporciona momentos de respiro, delicadeza, sensibilidade, doses de humor e esperança em algumas de suas narrativas. Cada um de seus contos provoca uma emoçÃŖo singular, desperta questionamentos e motiva um encantamento pelo todo da construçÃŖo literÃĄria, fruto de um trabalho de muitos anos do autor.

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Walldecy de Almeida, 49 anos, viveu sua infÃĸncia no interior do CearÃĄ e, como muitos de sua terra, foi tentar a vida em SÃŖo Paulo. Mas isso nÃŖo significou que ele tenha abandonado seu apreço pelas raízes que remetem a Santo Antônio do Carrapateiras, um povoado distante 24 quilômetros da cidade de TauÃĄ, CE. O cearense mora ao lado Ê o seu primeiro livro solo. AtÊ entÃŖo, ele havia participado de trÃĒs antologias. Participou tambÊm do livro Quarentenas com o conto "Entrega incomum" publicado pela Palavra Bordada em junho de 2020. Sua vontade de ser escritor, porÊm, jÃĄ surgia na infÃĸncia, logo que começou a aprender a ler. Desde pequeno, Walldecy se impressionava como "alguÊm conseguia contar uma passagem do cotidiano apenas com palavras, descrevendo os contratempos e as emoçÃĩes peculiares e ainda fechar a narrativa com uma surpresa ou, no mínimo, uma ideia muito bem pensada, uma frase que justificasse o ocorrido. Daí em diante sÃŗ pensava em me tornar escritor e contar, à minha maneira, as minhas prÃŗprias histÃŗrias".

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