Novo romance de Fernando Molica, O PONTO DA PARTIDA tem início com um repórter que chega ao Arpoador, madrugada alta, para apurar uma matéria sobre um corpo encontrado esquartejado na areia da praia. Mas o desenrolar da trama não poderia estar mais distante do gênero policial. Enquanto Ricardo Menezes espera a chegada do rabecão e apura sua matéria, coloca em xeque sua relação com a família, a profissão e a cidade.
Jornalista consagrado, Molica afirma que o mote que dá partida ao romance saiu de um fato real que ele presenciou: "Ando muito pelo Rio, inclusive como jornalista — como repórter fui a um local, há uns dois anos, em que havia um corpo esquartejado. Isso me toca com jornalista e como cidadão, como autor. Tanto que a situação acabou servindo de mote para o livro."
A opção por um personagem jornalista foi prática. Segundo o autor, o importante era que o protagonista estivesse num momento de desencanto. "O Ricardo, o protagonista, poderia ser um médico decepcionado com os plantões marcados por vítimas de balas perdidas, ou um advogado frustrado com a profissão. Um sujeito cuja vida profissional estivesse muito ligada à pessoal. Mas ele virou jornalista por uma questão prática. Teria que pesquisar muito, conversar muito com profissionais de uma dessas áreas para conseguir criar um personagem minimamente convincente."