Araci Quintanilha é a titular da tradicional Casa Quintanilha de Leilões, no Rio de Janeiro, que vive dias de expectativa com a aproximação do concorrido leilão em que uma misteriosa tela a óleo, chamada O Véu, será colocada à venda. O quadro, que foi condenado por várias lideranças muçulmanas em todo o mundo por retratar uma mulher seminua usando o véu islâmico, tem a trajetória marcada por sucesso, polêmica, intriga e tragédia. Diversas pessoas morreram por sua causa – inclusive o próprio pintor, Lourenço Monte Mor, vitimado por um devastador incêndio em sua casa. Obscuros segredos parecem ligar o quadro ao assassinato, na Arábia Saudita, do líder da Azadi, uma organização extremista iraniana responsável por inúmeros atentados terroristas. Tudo levava a crer que essa morte sepultara de vez a Azadi, mas, tempos depois, começaram a circular rumores de que a organização estaria se rearticulando sob o comando de uma mulher. Tais rumores coincidem com a chegada ao Brasil de um conceituado intelectual iraniano, que acaba barbaramente assassinado às vésperas da eleição presidencial no Irã em 2009. Durante anos, acreditou-se que O Véu tivesse sido destruído, mas um leilão reaviva redes sinistras do passado, desencadeando nova onda de crimes no Rio de Janeiro, Teerã e Genebra. Nessa trama, em que todos são suspeitos, o destino de quatro mulheres se cruzam na busca pela verdade e pela liberdade.