Falar sobre o amor é algo vicinal às mazelas que assolam a humanidade. Sentir amor em tempos de cólera, desafeto, ódio ao que contradiz as convicções daqueles que não entendem a essência da palavra AMOR é no mínimo desafiador, audaz e acima de tudo revigorante às nossas esperanças no ser humano. Este romance/ficção discorre sobre o nascer do amor entre a jovem Anna Elizabeth e o oficial da Academia Militar alemã Nikolas Von Wolfgang durante a ascensão do regime nazista. O despertar dos sentimentos inocentes da menina romântica em busca do seu príncipe encantado, que enxerga em sua vida os arco-íris dos contos de fadas, a troca de olhares roubados sob as luzes prateadas dos Cristais de Munique, até a explosão da paixão violenta e desenfreada, apimenta a construção desta história intricada onde o desfio ao ódio, a segregação dos sentimentos, aos ardis, as tramas urdidas na calada da noite para se interpor ao amor verdadeiro são as lanternas que guiam os amantes. O Militar Nazista de alta patente e a descendente de judeus poloneses lutam contra tudo e contra todos para salvar das garras do ódio incontido, da "doença nazi/fascista" que assola a Europa dos anos 1940, este sentimento primaz. O romance perpassa pelos salões dos grandes bailes na década de 30, na Munique pujante dos idos de Hitler, atravessando as agruras da Segunda Guerra Mundial com todos os seus desfechos, chegando aos idos de 80, onde tem o Brasil como ponto final desta narrativa. Regado a um complexo emaranhado de acontecimentos dramáticos, encontros e desencontros, busca pela esperança roubada, resiliência, altruísmo e os questionamentos da fé na humanidade, eclodem num desfecho inesperado que possibilita o leitor escolher o final desta história envolvente, arrebatadora e acima de tudo apaixonante.