Prémio Nobel de Literatura
A infância do jovem Álfgrímur, abandonado pela mãe na quinta de Brekkukot, nos arredores da futura capital Reykjavík, decorre de forma idílica entre os avós adoptivos a aprender latim, a ouvir recitar os rímur e a escutar maravilhado as histórias das extravagantes personagens que pernoitam na quinta, conhecido porto de abrigo para todos os viajantes necessitados de ajuda. Álfgrímur crescerá com a intenção de se tornar pescador, tal como o seu avô. Porém, os seus sonhos de futuro serão profundamente alterados pelo regresso a casa de Garðar Hólm, famoso cantor lírico, orgulho da Islândia, ao qual a sua vida ficará para sempre ligada. Será Garðar a fazer com que Álfgrímur se apaixone pela música, incitando-o a alcançar com o canto da sua voz a «Nota Pura».
Os Peixes Também Sabem Cantar é um romance mágico e comovente sobre a passagem da infância para a vida adulta numa Islândia em pleno século XIX, que vai deixando para trás a sua misteriosa e ancestral sociedade e, timidamente, enfrenta o progresso e o desencanto da modernidade.
Os elogios da crítica:
«Laxness é um mestre da imaginação (...). Pelo seu vigor e originalidade, ele constitui-se como a oitava maravilha do mundo literário.»
Die Welt
«Este estranho e maravilhoso romance é Laxness no seu melhor (...) uma voz inesquecível.»
Nicholas Shakespeare
Halldór Kiljan Laxness nasce em 1902 e torna-se uma lenda no seu próprio tempo. Em 1955 é galardoado com o Prémio Nobel de Literatura. Logo em 1927, aquando da publicação do romance Vefarinn mikli frá Kasmír (O Grande Tecedor de Cachemira), considerado por muitos o primeiro romance moderno islandês, um crítico escreve sobre ele:«Finalmente! Finalmente! A Islândia tem um novo grande escritor.» A partir daí seguem-se várias obras-primas: Gente Independente (1934); Heimsljós (A Luz do Mundo) (1937); O Sino da Islândia (1943); Os Peixes Também Sabem Cantar (1957); Paradísarheimt (Paraíso Reclamado) (1960); Kristni hald ndir Jökli (Cristandade Debaixo do Glaciar) (1968). Para além de romances, Laxness escreveu também contos, ensaios, teatro, poesia e vários textos autobiográficos. A sua obra encontra-se traduzida em mais de 45 línguas e publicada em mais de 500 edições, com enorme sucesso em todo o mundo. Halldór Laxness é um verdadeiro mágico com as palavras. Detém uma espantosa gama de estilos e de temas e consegue sempre surpreender o leitor através de uma imaginação inesgotável e de recursos técnicos arrebatadores. Falece aos 96 anos, consagrado como um dos maiores escritores de sempre.