Que não se guarda fogo
Em caixa de fósforos
Deixo, pois, transbordar
O riso, a dor
Manchar o branco do papel
Amanhã, o que escrevi
Me chama, provoca, orienta
Me mostra como sou
E aos demais, o que penso
Escrever é preciso
E eu escrevo sem medo
Que o medo é artrite do poeta
E breve o deita ao esquecimento