Este livro propÃĩe uma aproximaçÃŖo com as polÃticas da diversidade a partir de uma abordagem antropolÃŗgica. Temas como multiculturalismo, multiculturalidade, interculturalidade, diversidade cultural e pluralidade vÃĒm sendo debatidos como noçÃĩes chaves para polÃticas pÃēblicas nacionais e, por vezes, parecem apenas sinônimos, ocultando a densidade de seus usos e escolhas conceituais e polÃticas. A partir das dÊcadas de 1980 e 1990, em especial na experiÃĒncia sul-americana, o debate pÃēblico tem se transformado no que tange à compreensÃŖo da experiÃĒncia nacional com as âminoriasâ. Novos sentidos, limites e desejos contidos nas noçÃĩes de promoçÃŖo de cidadania sÃŖo consignados nas novas cartas constitucionais. Nelas, sÃŖo contempladas polÃticas pÃēblicas relativas à promoçÃŖo de equidade, que se encontram ligadas ao respeito e reconhecimento da pluralidade. Vislumbram-se efeitos (renovadores e contraditÃŗrios) dos processos polÃticos e esses reverberam nos debates sobre os ideais de naçÃŖo e no tratamento de direitos atÊ entÃŖo vistos como formas de proteçÃŖo a direitos minoritÃĄrios. O ingresso de novos sujeitos polÃticos no diÃĄlogo com as polÃticas pÃēblicas tem chamado os antropÃŗlogos a examinar as prÃĄticas de justiça que vÃĒm sendo elaboradas em um horizonte de polÃtica de Estado. AlÊm de refletir, como Ê habitual para os antropÃŗlogos, sobre os usos da noçÃŖo de diversidade e seus desafios atuais, nessa coletÃĸnea tomamos como objetivo a necessidade de dar a conhecer os modos como a antropologia e antropÃŗlogos tÃĒm sido conclamados a posicionar-se e frequentar espaços em que as noçÃĩes de pluralidade e diversidade se tornam constitutivas das agendas pÃēblicas.