Publicado pela primeira vez em 1850, as sete palestras que compõem este livro, pensadas como «entretenimento para entardeceres de inverno», glorificam figuras históricas que encarnam os princípios e as aspirações da então ainda jovem república americana. Um primeiro ensaio discute o papel desempenhado pelos grandes homens na sociedade. Os restantes seis exaltam as virtudes de seis homens considerados por Emerson como paradigmáticos: Platão, o filósofo; Swedenborg, o místico; Montaigne, o cético; Shakespeare, o poeta; Napoleão, o homem do mundo; e Goethe, o escritor. Com estas reflexões, Emerson avança a hipótese romântica da existência de um espírito geral que se expressa com especial intensidade através de certos indivíduos. O génio apresenta-se, assim, como uma qualidade rara, partilhada por uma minoria para benefício da maioria. O valor da grandeza individual é aqui exaltado com o propósito de ajudar os leitores a reconciliarem-se com as virtudes quotidianas dos «homens representativos».