O registro primoroso do trabalho, pelo fÃīlego com que a pesquisa histÃģrica foi realizada, com o uso de diversas fontes: jornais, fotografias, boletins, leis, decretos, portarias, livros entre outros documentos, nos apresenta as transformaçÃĩes que levaram nossa corporaçÃĢo a ser reconhecida pela qualidade dos serviços prestados à populaçÃĢo potiguar.
O recorte temporal de 1955 a 1976, escolhido com muita coerÊncia, percorre os primeiros momentos da reestruturaçÃĢo do Corpo de Bombeiros, a partir da Lei nš 1.253/55, mas que sÃģ veio a ser instalado oficialmente em setembro de 1959 no QCG da PolÃcia Militar, uma vez que se fez necessÃĄrio adquirir os equipamentos, ferramentas e viaturas de combate a incÊndio, assim como organizar e treinar os soldados do fogo, que contou com a supervisÃĢo e organizaçÃĢo do capitÃĢo JosÃĐ Osias da Silva, oriundo do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro.
A obra nos presenteia com o resgate histÃģrico de grandes ocorrÊncias, dissipando a cortina de fumaça que pairava sobre incÊndios que deixaram poucos registros, mas que agora, ganha, a partir do presente livro, o registro formal das açÃĩes dos soldados do fogo, como no incÊndio que se fez necessÃĄrio o uso extremo de dinamite, na Usina SÃĢo Francisco em CearÃĄ Mirim (1964); no impiedoso sinistro do edifÃcio Salmar, que estava em construçÃĢo (1966); como tambÃĐm no exaustivo incÊndio que destruiu o Mercado PÚblico da Cidade Alta (1967), o maior em danos sociais, de onde mais de 1.500 famÃlias provinham seu sustento; no mesmo sentido, trabalhou incessantemente no maior incÊndio em ÃĄrea destruÃda - mais de 4.500 metros quadrados foram envoltos em chamas no depÃģsito do Supermercado NordestÃĢo, localizado na Ribeira â em novembro de 1975, ocorrÊncia que estive a frente e pude constatar toda a bravura dos nossos bombeiros. Intrincadamente, no ano seguinte, em novembro de 1976, um explosivo incÊndio deixou trÊs lojas totalmente destruÃdas no Alecrim. Durante o combate ao incÊndio, nove bombeiros ficaram feridos apÃģs violentas explosÃĩes que ocorreram na loja de tintas da Timac.Â
Flademir Gonçalves Dantas, nasceu em Natal, no dia 10 de outubro de 1981, segundo filho, entre os trÊs rebentos do pedreiro Fernandes Ferreira Dantas e da dona de casa, Severina Gonçalves Dantas, tendo como irmÃĢo mais velho, o mestre e engenheiro eletricista, FlÃĄvio Gonçalves Dantas, e como irmÃĢ caçula, a Doutora em Zootecnia, Fernanda Daniele Gonçalves Dantas. Tem dois filhos, Louise Melo Dantas e Pedro Fernandes Moreira Dantas. Casado com a professora Larissa da Silva Moreira Dantas. Concluiu o ensino fundamental na Escola Municipal Adelina Fernandes e o ensino mÃĐdio no Atheneu Norte-rio-grandense, tendo ingressado como soldado no Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte por meio de concurso pÚblico em 2002, mesmo ano que iniciou sua graduaçÃĢo em HistÃģria pela UFRN. Em 2015, foi promovido a graduaçÃĢo de Cabo Bombeiro Militar, 3š Sargento Bombeiro Militar em 2018 e 2š Sargento Bombeiro Militar em 2022. Em 2017 bacharelou-se em Direito pela UFRN, Especialista em Direito PÚblico pela UERN em 2018 e Mestre em HistÃģria pela UFRN em 2021. SÃģcio Efetivo do Instituto HistÃģrico e GeogrÃĄfico do Rio Grande do Norte e SÃģcio Fundador da Academia Potiguar de HistÃģria e Cultura Militar. Autor dos livros âA Cidade em Chamas: o serviço de extinçÃĢo de incÊndios em Natal/RN (1917- 1955)â e âGuerreiros da Paz: a SeçÃĢo Contra IncÊndios da Base AÃĐrea de Parnamirim/RN (1942-1976)â.