No Brasil do século XXI, entrado e interligado na modernização, permeável a novos hábitos e costumes, desperto e aberto para o mundo, a cultura sertaneja, pura e verdadeira, não só resiste como também viceja como árvore de semente boa plantada em terra fértil. Cada vez mais viva nos seus berços tradicionais, mas agora desencastoada dos rincões pela mesma tecnologia que se temeu que um dia a sufocaria, em vez de ser escondida ela agora é mostrada com orgulho, como raiz sustentadora da identidade nacional. Filho legítimo dessa cultura, o autor resgata neste ?Versinhos de Caipira - Segundo livro? a língua falada, versejada e cantada nas estradas boiadeiras, nos arranchamentos das comitivas e nas rodas violeiras na beira da fogueira. Recolhidas nas fontes inspiradoras da prosa simples e verdadeira de campeiros e roceiros sentados no calcanhar da botina, na rotina das vilas e freguesias, no trabalho cotidiano, nas tristezas e alegrias de todo dia, as palavras, expressões e sentimentos amealhados nesta lida se combinam em poesia despojada de formalismos acadêmicos e compromissada só com a fidelidade ao universo da vida caipira.