No diálogo, Sêneca argumenta que o estoicismo não é tão rígido quanto parece à primeira vista. Recordando a figura de Catão, argumenta que ele não sofreu nem injúrias nem insultos. Embora Sereno se oponha a este paradoxo, Sêneca fornece outras analogias para afirmar a natureza inexpugnável da pessoa sábia. É feita então a distinção entre iniuria (injúria) e contumelia (insulto), seguindo o ensaio com discussões sobre a natureza dos dois temas, mostrando que o sábio é imune tanto a insultos quanto a injúrias. Sêneca conclui o tratado enaltecendo a figura do sábio ao mesmo tempo em que oferece conselhos práticos a todos nós que somos imperfeitos.
É dirigido ao seu amigo Aneu Sereno e foi escrito entre os anos 47 e 62, sendo um dos três diálogos endereçados a Sereno, que também inclui “Sobre a tranquilidade da alma” e “Sobre o ócio”. O diálogo, em traduções antigas, foi nomeado Sobre a Firmeza do sábio.