Sempre detestei poemas, sonetos e o diabo a quatro. Lembro que dizia que “não tenho tempo nem saco de ler e ouvir poemas”. As únicas vezes que li poemas foram no colegial, quando a professora de Literatura indicava-nos certos escritores para prova. Desta época, para se ter uma ideia, até hoje lembro do trovadorismo, onde aprendi que existiam as cantigas de amor e de amigo, de escárnio e mal dizer, o resto, apagou-se de minha memória, que não é lá estas coisas. Sobre detestar as coisas, lembro também que detestava jiló, até que um dia minha mãe o fez frito, e eu adorei. Mas agora, mais exatamente em julho de 2012, comecei a escrever sonetos, no formato de dois quartetos e dois tercetos, pois apaixonei-me como nunca havia me apaixonado. Aos amigos que me conhecem, peço que não estranhem esta veia que, se Deus quiser, vai sumir da mesma forma que começou. Pena que não possa dizer que vai sumir sem deixar vestígios, pois esta publicação me trai mas, se Deus quiser, novamente, ninguém vai tomar conhecimento disto. Aqueles que lerem este livro de sonetos, seja por curiosidade de ver o que tem dentro, seja por intento desprezível, saibam que os escrevo com minha alma sensível. E que de nossa alma tenha Deus piedade, pois escrever é um prazer que proporciona a liberdade. Estão vendo como o título faz jus?