Entre 1967 e 1969, já dedicando-se inteiramente à literatura, Hilda Hilst (1930-2004) escreve, de um fôlego só, oito peças de teatro. Em "A morte do patriarca" (1969), temos uma alegoria filosófica: o Demônio é personagem, e a humanidade se encontra num estado de total desesperança. Já em "O verdugo", do mesmo ano, o carrasco de uma aldeia hesita em executar o Homem, que professa discursos revolucionários e é amado pelo povo. Aqui, como em outras obras, a autora se debruça sobre a solidariedade como princípio humanizador incondicional.