Fiz algumas alterações, impossível não fazê-las a cada vez que se revê o texto, julgo não ter afetado sua essência, acredito que com esses pequenos adendos tornaram mais poético, e ao mesmo tempo mais científico. No delírio da escrita descortinou-se fenômenos, quiça, estranhos à Física e a Geografia. Inicialmente, quando foi escrito se dirigia à uma parcela limitada de arquitetos e urbanistas, logo percebi que provavelmente não os tocaria devido a sua formação técnica-materialista, o texto a medida que se construia atingia uma dimensão de uma Filosofia da Natureza em termos de Friedrich Schelling, e M. Heidegger; de uma espaçologia, de uma psicoanálise do espaço em termos e Gaston Bachelard.
Esse mesmo escrito foi publicado primeira vez no blog: fernandofuao.blogspot.com. Recentemente, publicado no Períodico Revista Pixo (Ufpel), entretanto sem os acréscimos aqui postos. As fotografias numa primeira versão, as que estão no blog e na PIXO não foram manipuladas. Elas foram tiradas com as primeiras cameras digitais ainda com baixa resolução. Ao editorar esse livro tentei sintonizar essas imagens com as ideias contidas, resolvi manipulá-las com intuito de passar ao leitor o que observei, o sentimento de tranbordamento das margens, a indefinição, a imprecisão de onde começa uma coisa e termina outra, as metaformosees e transfigurações. Optei por dar um caracter mais gélido às imagens. Na verdade o frio e o fim são quase irretratáveis, mesmo tornando as imagens em tons frios. Antes de viajar gravei um CD com musicas feitas por mim (Sakafu), para escutar na viagem; ao qual dei o o mesmo nome desse livro; ao todo eram mais de 15 musicas, depois batizei-as com os nomes dos lugares por onde iamos indo. Elas se encontram atualmente no you tube.