Esta obra se insere nos estudos sobre Teoria Crítica da Sociedade e Educação, apresentando uma abordagem que permite compreender a educação profissional ao longo do tardio processo de industrialização no Brasil. Os autores buscam caminhos emancipatórios, sobretudo a partir da LDB de 1996, em que a educação profissional aparece como resposta às necessidades formativas decorrentes do padrão flexível de produção. Numa perspectiva habermasiana, explicitam as contradições inerentes a esse processo, trazendo à luz a potencialidade da razão comunicativa frente à instrumentalização da educação. A história da educação profissional no Brasil, marcada pelo dualismo entre formação para os trabalhadores e formação para as elites, sendo comumente associada à descontinuidade das políticas assistencialistas e funcionalistas, recebe nesta obra um estudo criterioso na perspectiva da longa duração. A necessidade e a urgência da crítica aqui presente, construída a partir da Teoria do Agir Comunicativo, é no sentido de explicitar as possibilidades de, na elaboração de propostas para a educação profissional, incorporar a dimensão cultural e política.