O livro Não. Ele não está denuncia o genocídio da população negra a partir da sua principal vertente: o extermínio da juventude negra. A obra inova ao analisar o extermínio na perspectiva das mães que perderam os filhos assassinados, expondo as percepções delas sobre a influência da raça, do gênero e da classe nessas mortes. O percurso da pesquisa tem início no trabalho de campo, desenvolvido na cidade do Rio de Janeiro. Na sequência, o leitor conhecerá a trajetória dessas mães, com informações sobre a família, a vida profissional, os afetos e a vida após a morte dos seus filhos. Por fim, surgem as impressões sobre racismo, preconceito de classe e branquitude. A obra também chama a atenção pelo texto fluido, que propõe um diálogo entre a fala das entrevistadas e o que vem sendo produzido academicamente; e pelas referências formadas, majoritariamente, por autoras e autores negros – privilegiando o pensamento negro desenvolvido no Brasil e no exterior.